O Poema a seguir faz parte do livro "O guardador de abismos".
Vamos lá, tá tá
tá. Tá? E se não tá? Se não tá, torna-se fubá. Tico tico no fubá? Nem tico tico
nem cá nem lá. Jatobá, e tudo vira mingau? Au, au. Que tal? A prisão eu vi do
preso. E o preso éramos nós, retrós. Liberdade, pela janela, o sol. Mas tem
sempre o fulano de tal. E nada no lençol. Nem eu, nem nós. Se peidar o bicho
pega, ou o bicho cheira? Nem cheira, nem eira e nem beira. Na ribanceira fica a
peidorreira. Sem uva na parreira, a parreira não existe, mesmo verde. Que te
quero verde.
Como os ventos.
Cataventos. Moinhos. Toninhos. Chuva, enxurrada, pés descalços. Aqui, agora.
A eternidade é o nada, da cagada.
Pelada. Embananada. Como o nada, sem meninada. Sem passarada. É piada. Que não
gosto. Desgosto. Mês de agosto. É passado. E o futuro? Procuramos. Na
madrugada. Sem nada. Sem sonhos do mundo. Raimundo. Vagabundo. Bunda. Muda.
Vulva. Pinto. Peito. Tudo bem, quando tem. O amor de alguém. Vagalume tem tem,
teu pai tá aqui, tua mãe também. Pirilampos, tem no campo. Ah, que acalanto. No
entanto. O canto, ficou no canto. Quieto. Apenas quieto. Não morto. Mas vivo. O
anjo torto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui o seu comentário ou mensagem para o autor.