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Débora Ventura lança primeiro livro no Rio de Janeiro
Débora Ventura lança primeiro livro no Rio de Janeiro
A poeta mocoquense, Débora Ventura, lançou na terça-feira,
5, na Livraria da Travessa, em Ipanema, no Rio de Janeiro, seu primeiro livro
de poesias, “A Navegante”, em concorrida noite de autógrafos (foto; poetas
Toninho e Antonio Ventura; Nélida Piñon; Débora; e Antonio Carlos Secchin).
O evento teve a presença dos membros da Academia Brasileira
de Letras, Nélida Piñon e Antonio Carlos Sechin; do poeta e ensaísta, Adriano
Espínola; de Domingos M. Oliveira, diretor da “Folha do Litoral”, de Paraty/RJ,
e da “Off Flip 2015”; de Luiza Farias, produtora da “Off Flip”; do artista
plástico goiano, Marcos Irine; do editor da Toopbooks, José Mário Pereira; do
advogado, Carlos Gomes de Figueiredo Neto, e família; dentre outros (confira
fotos; Galeria de Fotos).
Publicado pela Topbooks, “A Navegante” reúne 40 poemas
escritos pela poeta mocoquense entre os anos 2000 e 2014. Apesar de ser o
primeiro livro da poeta, Débora Ventura já teve poemas publicados em diversas
antologias.
A capa do livro é da artista plástica Tânia Jorge e os
poemas foram ilustrados pelo artista plástico goiano, Marcos Irine.
Prefácio de Antonio Carlos Secchin e apresentação de Carlos
Nejar - O livro de estreia de Débora Ventura tem prefácio do poeta, crítico
literário e membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Carlos Secchin,
que salientou "marcas de um olhar e de uma voz peculiares" em “A
Navegante”.
"Aos náuticos, o navegar é preciso, porque reto e
certeiro. Movido por ventos inesperados, que este A navegante conduza o leitor
para um onde não previsto pelos mapas, em que o brado enérgico diz 'poesia à
vista'”, alertou o professor e mestre em literatura brasileira da UFRJ, Marcos
Pasche.
“Pega as coisas pela mão da palavra, como a poesia quer” –
Já na apresentação do livro, o premiado poeta, ficcionista, crítico e membro da
Academia Brasileira de Letras, Carlos Nejar, fez a seguinte análise da poeta mocoquense: “A descoberta de uma verdadeira poeta é
descoberta de estranho e habitável mundo. Porque mundo é o que sai do poema, e
mais: de uma amiga do vento. É simples como a água e o pão, e sacia a sede e
alimenta; por sermos ávidos do que é simples, límpido e permanente, como o
movimento da vida.
Assim é este livro da Débora, que pode ser a Débora bíblica,
pelo senso de realidade, e é de Débora Ventura, que pega as coisas pela mão da
palavra, como a poesia quer. O verso intenso com textura de orvalho. Não pensa
o verso; o verso é que a pensa. É genuína como Cora Coralina, de Goiás, e Cora
Torres, de Vento de Altura, no Rio Grande do Sul.
Poesia que é feminina, substantiva, suave, com limpo
horizonte e coragem para “o poema desfazer-se inteiro diante do espelho”. No
dizer de Jean Cocteau, “os espelhos preferem refletir um pouco antes de
reenviar as imagens”. E o espelho de sua imaginação cintila no falar das
metáforas. Poeta de mão verdadeira que cresce a semente; ou tem segredos na
prateleira dos símbolos, com o dia vindo pela janela.
Sim, Débora é surpreendente, e possui “o pensamento
escorrendo pelas arestas do osso”. Há um osso de verdade nas imagens claras
como nuvens que se sucedem – e que o leitor vai reconhecer, por ter voz
própria, voz generosa de fonte, voz que precisa ser ouvida e que não guarda
pedra, por se “guardar humana”.
Não somente porque “viver é preciso”, mas também o ato de
“continuar é preciso”. Não carece de vocábulos exatos, carece de entrega ao ser
amado. Tecendo sua juventude, desenhando o sol, a casa ou árvore, sem deixar de
contar, fio a fio, a existência. Sim, esta poesia necessita de sol e margem e
sabe conduzir o leitor, tocando sua alma. Com tal mistério, não pede
explicação; como o “sono da noite”, que abraça a cidade, o medo.
E é o mencionado Jean Cocteau quem afirma que se “reconhece
um poeta não pelo estilo, mas pelo olhar”. E o olhar de Débora Ventura é
cristalino. Ou, no parecer de Mário Quintana, “o poeta é uma voz reconhecível
dentre as outras” – como sucede neste livro. E, ao ver que “a vida é efêmera”,
capta o instante para eternizá-lo. Já que a poesia encaixa apenas na luz”.
Lançamentos em Mococa, Ribeirão Preto e Paraty – A poeta
Débora Ventura já prepara lançamentos de “A Navegante” em Mococa;Ribeirão Preto;
e Paraty/RJ, na "Off Flip".
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