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Leitor de Dante e Homero, menino de 10 anos lança livro de poesia na Flip
Leitor de Dante e Homero, menino de 10 anos lança livro de poesia na Flip
Flávia
Villela - Enviada Especial Edição: Nádia Franco
Aos
6 anos, Antonio Perucello Ventura, ou Toninho, como é chamado pela família e
pelos amigos, conheceu o inferno, o purgatório e o paraíso de Dante Alighieri
pelas mais de 400 páginas do clássico iltaliano A Divina Comédia. As
obras-primas Don Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, e Vinte Mil Léguas
Submarinas, do francês Júlio Verne, foram "devoradas" logo depois.
Hoje
com 10 anos, Toninho saiu de Mococa, interior de São Paulo, para lançar o
primeiro livro de poesias no circuito paralelo da Feira Literária Internacional
de Paraty (Flip), no litoral sul fluminense, que chega ao quinto e último dia
neste domingo (3). Dos quase 30 poemas que criou, 12 foram selecionados para o
primeiro trabalho, intitulado Toninho, o Poeta A-Ventura. O primeiro poema do
livro, ele compôs aos 5 anos.
“O
Autor diz poemas que são cisnes
maravilhosos que vivem no lago. Felizes”, declamou o menino. “É curtinho, pois
foi o primeiro que fiz, e era muito novo”, justificou.
De
todos os livros que leu, seus preferidos são poema épico Odisseia, do grego
Homero, e Frankenstein, da inglesa Mary Shelley. “Frankenstein, porque gosto
dessa matéria do homem tentando descobrir os segredos da vida pós-morte, e
Odisseia, porque sou apaixonado por mitologia”, ressaltou Toninho.
O
pai do menino poeta, Antônio Ventura, que também é poeta, lançou na Flip o
segundo livro simultaneamente ao do filho neste fim de semana, O Guardador de
Abismos. Valente disse que ele e a mulher incentivaram o hábito da leiturta em
casa desde muito cedo. “Sempre que
dávamos um brinquedo, dávamos um livro também. Então, ele [Toninho] começou a
escrever naturalmente.”
O
gosto precoce pelos clássicos e o lançamento de um livro não é motivo de alarde
para Toninho. “Para mim, é normal, parte do dia a dia. Gosto de escrever,
porque, quando leio um livro, sinto que faço parte da história. Então, desejei
que as pessoas se sentissem parte de uma história que eu mesmo fiz. É isso que
motiva a escrever.”
Pela
primeira vez na Flip, o escritor mirim adiantou que já tem o nome do próximo
livro e pensa em voltar à feira literária. “Ainda é um esboço, mas pensei em
Para as Montanhas do Amanhã. Quero escrever muitas histórias e poemas”,
informou, animado.
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