terça-feira, 13 de maio de 2014

A COBERTURA DO LANÇAMENTO DO LIVRO O GUARDADOR DE ABISMOS PELO MOCOCA 24h

Acadêmicos prestigiam lançamento do novo livro de Antonio Ventura
Cultura - 11/05/2014


O novo livro de Antonio Ventura, "O Guardador de Abismos", foi lançado nesta quarta-feira, 7, na Livraria da Travessa, em Ipanema, no Rio de Janeiro. O livro revela os encontros e desencontros de um homem com sua infância.

Amigos, fãs de poesia e os escritores imortais da Academia Brasileira de Letras, Antonio Carlos Secchin e Carlos Nejar; além do editor José Mário Pereira; do crítico literário, Adriano Spínola; do artista plástico, Marcos Irine; dentre outros, participaram da concorrida noite de autógrafos.

Bastante emocionado com a repercussão da nova obra, Antonio Ventura agradeceu o carinho e a presença de todos ao evento cultural, que reuniu intelectuais, artistas e público em geral do Rio de Janeiro, Paraty e São Paulo.

Obsessão pela intensa prática intertextual - Ivan Junqueira, membro da Academia Brasileira de Letras, jornalista, poeta e crítico literário, fez a seguinte análise do novo livro do poeta Antonio Ventura: "Ao concluir a leitura de O guardador de abismos, do poeta paulista Antonio Ventura, a primeira pergunta que me ocorre é a seguinte: a que gênero literário de nosso tempo pertenceriam esses textos? Inclino-me aqui a considerá-los como tangenciais à categoria algo evanescente da prosa poética ou à do poema em prosa. Em carta dirigida a Arsène Haussaye, pergunta o autor de As flores do mal: “Qual de nós, em seus dias de ambição, não sonhou com o milagre de uma prosa poética musical, sem ritmo e sem rima, bastante maleável e bastante rica de contrastes para se adaptar aos movimentos líricos da alma, às ondulações do devaneio, aos sobressaltos da consciência?”


Creio que foi isso, acima de tudo, o que pretendeu Antonio Ventura em seus textos, nos quais avulta uma indisfarçada obsessão pela fugacidade do tempo, pelos desmandos do vento, pela intensa prática intertextual (Drummond, Pessoa, João Cabral, García Lorca, Heráclito, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Cervantes) e pelo branco, essa não-cor na qual se entrelaçam todas as cores e que, na Commedia dantesca, dá origem àquela intolerável luz que banha a sua metáfora do branco. Assim como ocorre nos poemas em prosa de Baudelaire, percebe-se em O guardador de abismos uma nítida despreocupação seja com o ritmo, seja com a rima, e, ao contrário, uma incessante busca por aqueles contrastes que tentam adaptar sua prosa “aos movimentos líricos da alma” e “às ondulações do devaneio”.

Sobre Antonio Ventura – Antonio Ventura é membro da Academia Riberopretana de Letras e é oriundo da “geração mimeógrafo” dos anos 1970, fenômeno sociocultural que aconteceu após a Tropicália e que buscava meios alternativos para difusão cultural em plena ditadura, época em que viveu no Rio de Janeiro e vendia seus poemas no Teatro Ipanema, publicando-os nas revistas “Rolling Stone” e “Vozes”.

Radicado há mais de 10 anos em Mococa, Antonio Ventura, natural de Ribeirão Preto, é juiz aposentado, fundador e presidente do Grupo Início (que reúne escritores e poetas da cidade de Mococa), coordenador da União Brasileira de Escritores em Mococa e foi diretor de Cultura e Turismo da Prefeitura local. Ganhador do prêmio Governador do Estado de Conto e Poesia, da Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo, foi crítico de cinema e teatro na revista “Bondinho”.

Em 2011, publicou o livro de poesias “O Catador de Palavras” pela Topbooks, que foi bem recebido pela crítica.


Serviço – Editado pela Topbooks, o livro custa R$ 39,00 e pode ser adquirido no seguinte endereço eletrônico: http://www.topbooks.com.br

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