terça-feira, 25 de março de 2014

CÉSAR E BRUTUS

O poema César e Brutus foi publicado
na seção de Cultura e Lazer da Tribuna da Magistratura

Cidadãos da justiça, prestai-me atenção!
Não estou aqui para elogiar César, nem para chorá-lo.
A justiça, às vezes, parece ter ido dormir
com os animais selvagens,
porque os homens perderam a razão.

Cidadãos da justiça, prestai-me atenção!
Não estou aqui para chorar César,
mas ele foi meu amigo fiel e justo.
Ele matou inocentes,
violentou e deflorou mulheres,
comandou exércitos e cortou gargantas,
foi ladrão e furtou liberdades,
conquistou povos e os tornou seus escravos,
e cobrava altos tributos para seus resgates,
e encheu de ouro as pedras de seu reino.
e mesmo assim, como o povo o adorava!

Cidadãos da justiça, prestai-me atenção!
Estou aqui para enterrar César, não para elogiá-lo.
Estou aqui para derrubar em revolta as pedras de Roma.
Confesso que fui seu anjo predileto, e também, como o amava!
Meu nome é Brutus, não Marco Antonio.

Por isso contra todos os Césares erguerei minha espada.

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