(Este poema faz parte do novo livro de Antonio Ventura que está no prelo)
Mesmo
que um dia chegue o barqueiro
ninguém
poderá negar
que
brinquei quando era criança
que
enfrentei o mar de Ulisses
que
lutei bravamente com as palavras
que
plantei árvores e tive filhos.
Quando
chegar o barqueiro
a
casa estará limpa
o
jardim florido
os
caminhos sinalizados
para
a praia e para o sol.
O
que faltar faltará.
Faltará
sempre o tempo para terminar o grande livro
onde
todas as estórias seriam registradas.
Faltará
o tempo
para
inventar um novo pôr do sol.
Mas
para que se preocupar com o tempo
se
reescrevi com aplicada mão
a
árvore da eternidade,
e vi
a árvore da alegria
desenhada
nas
incontáveis estrelas?
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