Para o poeta Mário Chamie
Não quero lavrar a palavra
se a lavra da palavra
não vier com o cheiro
do sangue da terra.
Não quero lavrar a palavra
somente pela palavra
se a lavra da palavra
não trouxer o sol
e a esperança do sol.
A lavra da palavra
não pode cair no vazio
da cisterna sem água.
Nem da boca sem sede.
Aceito somente a lavra da palavra
se a palavra vier com o sol
se a palavra vier com o cheiro
da terra vermelha que se ara
na lâmina do arado,
aceito esta lavra palavra
somente se houver a esperança
do sol
sobre o cheiro e sobre o sangue
da terra.
Não, não quero a lavra
da palavra somente pela palavra.
Quero a lavra da palavra
somente quando trago
na lavra da palavra
o sol
no cio
sobre a cisterna
cheia de água.
Grandiosos versos, me encantei poeta Mário.
ResponderExcluirAbraços e sucesso sempre.
Boa noite!!!
ResponderExcluirAmei sua linda poesia
Complexa e cheia de verdades
Palavras precisam gerar vida!!!
Caro Maurélio,
ResponderExcluirEscrevi o poema "Lavra palavra" em homenagem ao poeta e amigo Mário Chamie. Obrigado pelas suas elogiosas palavras. Este poema faz parte de meu livro "O catador de palavras".
Abraços
Antonio Ventura
Gorete,
ResponderExcluirObrigado pelas gentis palavras. Este poema encontra-se em meu livro "O catador de palavras", página 273.
Abraços,
Antonio Ventura
Lindíssimo...
ResponderExcluirObrigado, Rita. Um abraço.
ResponderExcluir